<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d12112923\x26blogName\x3dos+monstros+s%C3%A3o+nossos+amigos\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://os-monstros-sao-nossos-amigos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://os-monstros-sao-nossos-amigos.blogspot.com/\x26vt\x3d-9205242770360447283', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
os monstros são nossos amigos

apontamentos para monstroário, por constantino corbain 

24.4.05


ix. todos nós somos dois, o que somos e o que não somos. para além disso, no que somos, somos a cápsula simultânea do bem e do mal, como o dr. jekyll e o mr. hyde. pelo que é estranho que seja já tarde quando nos descobrimos, quando descobrimos que os monstros somos também nós.

serge gainsbourg, “docteur jekyll et monsieur hyde”, in en concert - le theatre le palace 80, 1980.

referência

17.4.05


viii. um dos exemplares mais domésticos da galeria dos monstros é o diabo. o diabo é um anjo caído, condenado ao chão. é um monstro que erra pela terra e cujo único ofício é a procura de portas. é por isso que, passado esse limiar de reserva, ultrapassada essa franquia de segurança, o diabo está no meio de nós.

experience, “le diable sur ta porte”, in hémisphère gauche, 2004.

referência

10.4.05


vii. no mundo dos monstros, não há maior miséria do que a pobreza de posses. não ter ou ter poucos haveres que entretenham faz-lhes a tristeza. entre os anjos, a espécie mais ociosa dos monstros, é assim também.

mão morta, “anjos de pureza”, in há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável, 1998.

referência

3.4.05


vi. um dos menos falsos dos monstros é o anjo novo, aquele que paira sobre os destroços e, de cima, superior, anuncia a decadência e as sombras da modernidade. é esse anjo, o anjo novo - o único dos monstros não fingidos -, que diz: sou o vigilante da nova aliança e da desesperança.

mão morta, “eu sou o anjo do desespero”, in müller no hotel hessischer hof, 1997.

referência

2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).