24.2.08
lxxxviii. a perseguição movida pelos demónios é uma perseguição que nos é interior. é também dentro de nós que, como os esperamos e vigiamos, os demónios nos esperam e vigiam. eles por eles e por nós, nós por nós e por eles, mais do que por cumplicidade ou por intimidade, por identidade, mesmo.
marah, “the demon of white sadness”, in if you didn’t laugh, you’d cry, yep roc records, 2005
10.2.08
lxxxvii. na carne mesma, assim como no espírito mesmo, acontece a possessão, a relação possível e única entre alguém e o seu demónio, que é uma relação mútua e recíproca tão cingida e íntegra quão são a identidade e o reflexo de cada um de nós. do que resulta o facto de a expressão «demónio meu» ser uma expressão tanto de compreensão quanto de amor próprio.
13ghosts, “oh my demon!”, in your window is burning, 13ghosts music, 2002.
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).