18.10.09
cxxxviii. fale-se de problemas. um problema não é ver espectros, a avulso ou a granel, é ver uma barca sem piloto ou tripulação, porque, se a barca aproximar-se, é possível discernir a face dos fantasmas que a conduzem. no entanto, se se percebe a face dos fantasmas navegantes, um reflexo de quem olha, sobra a dúvida: quem está de passagem?, quem fica na margem?
menomena, “ghostship”, in friend and foe, barsuk records, 2007.
4.10.09
cxxxvii. no princípio o fim é um horizonte para a decifração. se lenta, se precipitada, depende da velocidade de aproximação ao e do fim. decifrado, o fim torna-se continuação. é por isso que, como antes, agora e depois, os fantasmas pairam por toda a parte. não é uma questão de ubiquidade ou de felicidade, é uma questão de finalidade e de mesmidade.
andrew bird, “not a robot, but a ghost”, in noble beast, fat possum records, 2009.
ao programa ducentésimo.
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).