30.5.10
clv. do corpo promana a promessa da morte. inflamação ou libido, o mesmo sobressalto levanta-o. de um modo ou de outro a febre é a liturgia da paixão. e se não somos rebeldes?, se somos sobretudo animais? deus fez-nos à semelhança dele para quê? que culpa podemos atribuir às mães e a quantas delas sucederam?
the metros, “sexual riot”, in more money less grief, 1965 records, 2008.
16.5.10
cliv. a disciplina é o resultado de um combate. a revolta também. no jogo da oscilação em que cada pessoa se projecta, a volta outra vez é algo a que não é possível dizer não. dizer-lhe não seria renunciar à hipótese de continuar, seria admitir a morte como solução antes do confronto com o padrão.
the though alliance, “first class riot”, in a new chance, sincerely yours/ summer lovers unlimited, 2007.
2.5.10
cliii. a sedição é o que faz cada um de nós ser e crescer tanto para a identidade quanto para a autoridade. porquê?, porque em cada um de nós é desde logo a intimidade e fermenta assim, como insurreição, o avesso da intimação.
arctic monkeys, “riot van”, in whatever people say i am, that’s what i’m not, domino recording company, 2006.
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).