25.7.10
clix. nada ou quase nada é justamente o que o diabo é ou pode ser, pelo que pode ser muito, do tamanho e da cor de deus, porém de modo mais diverso.
pj harvey, “the devil”, in white chalk, island records, 2007.
11.7.10
clviii. o que é o diabo?, esta é uma pergunta sobre identidade que dispensa o pronome interrogativo quem. o diabo é um modo de intimidade, portanto um espectro em alguém, como se fosse alguém, alguém em alguém sem ser quem, presente e manifesto entre a infância e a ciência, entre a inocência e a operação, a zona das tarefas imperfeitas. insistindo, o que é o diabo?, é o que em cada qual compõe e vigia o trajecto de escombros que antecede a salvação, salvação que não há ou que há tanto quanto há o diabo, porque a salvação é simultaneamente condição e efeito dele, ou seja, nada ou quase nada.
scout niblett, “lucy (lucifer)”, in the calcination of scout niblett, drag city, 2010.
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).