20.3.11
clxxvii. a margem da extinção, o corpo por e em si mesmo, prolongado sem reincarnação, nouvelle vague para o pior. o estado de morto-vivo é como uma hipoteca, hipoteca que é executada na presença de quem estiver vivo, porque é a vida que desperta qualquer zombie do torpor a que a morte o entregou e assistiu.
the magnetic fields, “zombie boy”, in distortion, nonesuch records, 2008.
6.3.11
clxxvi. através do assombro da morte chega o que a ela sucede, a devastação, em alguns casos, a ressurreição, quase nunca, a profanação, talvez. e depois há também a hipótese do cadáver adiado, da violência que dispensa orações e exéquias, a humanidade nos escombros da própria humanidade, cadáver ambulante, corpo morto que não está para a terra ou para o luto, que irrompe de si contra a iminência da morte que já aconteceu, para a continuar, não para a suprimir. o terror, o terror. somos tão assim.
partyline, “zombie terrorist”, in zombie terrorist, retard disco, 2006.
ano vii
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).