11.9.11
cxc. alguém afirmou que o trabalho faz-me falta. não se percebe o sentido implícito na afirmação. alguém afirmou que o trabalho faz-me falta por não considerar trabalho o que faço? ou por considerar nenhum ou pouco o trabalho que faço? seja como for, a repreensão tentada é palerma e nela ressoa com suficiência o cinismo de insígnias infames, como arbeit macht frei. o trabalho não me faz falta como a alguém falta pagar o que deve. o meu trabalho é descobrir monstros, inclusive os meus. pelo que, se alguém - olha, quem mete super sem estricnina revelou-se - sente necessidade e é capaz de afirmar que o trabalho faz-me falta, suspeito que estou a conseguir fazer também e bem o meu trabalho.
conan o’brien, “and they call me mad?”, in and they call me mad?, third man records, 2010.
2005/2022 - constantino corbain (alguém por © sérgio faria).